quinta-feira, 30 de julho de 2015

Encerramento e entrega dos certificados



Hoje à tarde, no auditório da UNOPAR, espaço gentilmente cedido pelo Sr. Erildo do Nascimento, ocorreu o encerramento da Oficina de Calceteiros / Acerta Pedra. Com duas brilhantes palestras proferidas pelo Erildo que discorreu sobre aspectos e curiosidades históricas envolvendo o calçamento e também a palestra do Sr. José Marques, engenheiro civil que falou sobre técnicas modernas de pavimentação, suas vantagens e desvantagens, além da questão bastante atual que é a sustentabilidade. 

O Sr. Prefeito Municipal, Dr. Paulo Célio, entregou os certificados a todos os participantes da oficina, enfatizando a importância de se formar turmas em um ofício que agonizava. Na oportunidade, o Erildo aproveitou para lançar mais uma ideia, a de recalçar o Beco do Mota, na técnica pé-de-moleque, originalmente usada para retirar a escória do garimpo da área das lavras, resolvendo dois problemas de uma só vez; limpando a área do garimpo e calçando as ruas do Arraial (na época era Arraial do Tijuco).

Ao sairmos, apesar de já estar combinado com a turma da limpeza de varrer a areia que foi deixada em cima das pedras, todos que nos viram, reclamaram - e com razão! A poeira que estava lá fazia dó! Mas o Adilson já mobilizou equipes da turma da limpeza para providenciar a retirada do excesso da areia.

Na reunião que houve pela manhã, com os principais envolvidos, tiramos várias conclusões, mas dentre elas, vou citar algumas: 

Não há como fazer sistematicamente o recalçamento de ruas por inteiro, pelo menos por enquanto. O Junno, do IPHAN, foi bem claro; e concordo com ele: a técnica deve ser usada a partir de agora em todos os locais em que houver uma intervenção, de maneira sistemática. Também que a revitalização é um processo lento e que deve ser feito gradualmente, de acordo com a necessidade; sem que se faça uma intervenção exclusivamente apenas para recompor os desníveis do calçamento. 

Esta recomposição deverá ser feita paulatinamente, à medida que houver necessidade de intervenções nas redes, seja de água, pluvial ou esgoto. Aí, poderá se fazer uma restauração de trechos que estejam envolvidos nas obras e também em áreas vizinhas, delimitando trechos de ruas completos, e não apenas a área da vala, por exemplo.

Entretanto, não se descartou a possibilidade de conseguir um grande projeto para uma determinada rua, como por exemplo, a Rua da Glória, já que nela se localiza um monumento de expressão, a Casa da Glória.

Eu concluí que, inicialmente, para dar um treinamento adicional às turmas, acatei a sugestão do Adilson: fazer uns trechinhos de ruas menores, que estão incomodando muita gente, como o final da Rua Macau de Cima, e na oportunidade, colocar dois dos funcionários que fizeram a oficina com mais dois, para repassar a técnica, oportunidade na qual eu já me dispus a ir dar uma palhinha - posso também fazer a tal cartilha que mencionei na postagem anterior.


O Dr. Paulo Célio se mostrou entusiasmado em continuar, acha que está de encontro com o desejo da população e que pretende sim, continuar a consertar trechos e noticiou que o IPHAN já autorizou, e em meados da semana que vem, já começa o processo de assinaturas - trâmites para retirada de pedras da Rua do Areião para fazer o tal tão desejado estoque de pedras e trocar o pavimento lá por asfalto. Sem este estoque de pedras, não há como planejar consertos de trechos de ruas - quando menos se espera, falta pedra, não tem como comprar e o serviço pára - isso não pode e nem deve acontecer.

Bom, o projeto foi bom, repercutiu muito bem, tem tudo para ir em frente, e enquanto isso, devemos dar uma manutenção no que já foi feito - depois de uns dias, depois que a areia caiu e encheu os buraquinhos, teremos que fazer uma "cata" lá no local, procurar cunhas frouxas, algum buraquinho, alguma falha. 

Tudo pode ser motivo de reclamação - não devemos dar chance a críticas, pelo menos as que podem ser evitadas. Para esta tarefa, seria bom só um ou dois camaradas, com uns dois carrinhos de areia lavada, para colocar nos locais que faltam. Esse cuidado é essencial. Deixei em negrito para quem me acompanha - não vamos deixar o local ao léu: é uma experiência, está sendo bem sucedida, mas não podemos abandonar.

E digo mais: para algo que não se faz costumeiramente há décadas, é passível haver erros - não podemos nos eximir de erros, mas para evitá-los, somos os responsáveis.

Deixo aqui dois agradecimentos especialíssimos: primeiro ao apadrinhamento sem precedentes pelo Sr. Paulo Célio, do meu projeto. e segundo, à participação decisiva da COPASA, que se ofereceu para financiar o projeto. Hoje, no encerramento, soube que não é a primeira (e nem deve ser a última) vez que a COPASA se manifesta a favor e projetos da comunidade. Isso é muito bom! 

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