sábado, 25 de julho de 2015

História recente do projeto e intenções futuras


Em 2014, não me lembro direito a data, o Sr. Prefeito me chamou para avisar que estaria disposto a iniciar o projeto em janeiro deste ano e que o Juninho (secretário de Cultura) é que seria o meu contato maior, o organizador do projeto. 

Devido a detalhes técnicos, o nome teria que mudar para que pudesse ser financiado, mas deu-se um jeito de misturar os dois nomes para atender um pedido meu e deu certo.
E ficou Oficina de Calceteiros/Acerta Pedra.

      Durante o desenvolvimento dos acordos, outras empresas iam entrar também como financiadoras, como a CEMIG e FIEMG, mas devido a fatos da política nacional e a crise financeira, esta parceria foi adiada. A COPASA se manteve no projeto. Ficou claro que existe uma intenção da COPASA de treinar o pessoal que atua na manutenção da rede. Tanto é que nesta primeira etapa (vai haver outras! Que bom!) a contrapartida que foi solicitada seria o treinamento prioritário da sua turma e assim está sendo. 
         Isso tem uma lógica importante e sabemos que dentre as empresas que atuam intervindo no pavimento para ter acesso ao subsolo, a empresa que mais atua é sem dúvida, a COPASA. Água e esgoto, constantemente necessitam de manutenção, intervenção, novas ligações. Nada mais lógico que o treinamento do pessoal que atua diretamente no pavimento da cidade. Esta atitude foi louvável.
       No início (anos atrás) eu pensava que, para que o projeto acontecesse, estas empresas (CEMIG, COPASA, telefonia) seriam convidadas a dar manutenção preventiva na rede subterrânea para a prefeitura realizar a restauração, mas esta inversão nas iniciativas foi providencial.
     Por outro lado, em contato mais direto com a turma da Prefeitura, percebi que todos os funcionários já sabiam da técnica do calçamento recunhado. Só não o faziam porque nunca isso foi proposto. Uma coalizão de ideias é importante; o Acerta Pedra permitiu que todos se reunissem para o processo ser completo; todos sabem um pouquinho, mas não é suficiente; quando a turma que atua, junta com os antigos, junto com o meu ideal de restaurar grandes trechos, aí, o pensamento se completa. 
      É bem diferente a gente pensar em remendos ao invés de restaurar grandes trechos. É mais ou menos assim: para os remendos, vale apenas a técnica de rejuntar com lascas, abolindo o cimento, mas não restaura o conjunto. Para realinhar, re-nivelar, voltar os traços para os devidos lugares, restaurar as “linhas”, só mesmo, restaurando trechos inteiros de ruas, só mesmo retirando a terra velha, ressecada e repondo uma base compacta e nivelada, do jeito que estamos fazendo em frente à Catedral.
       Assim, temos a noção do conjunto. Mas para os remendos, já vale a intenção de todos se proporem de rejuntar apenas com lascas e abolir o cimento, porque além de ser muito melhor, é mais firme e o trânsito não precisa ficar impedido (só para informação: para a completa cura do cimento, é necessário mais de dez dias!). Remendar com lascas é mais prático, porque, após o remendo com cunhas de pedra, é só jogar areia e mandar carro passar para ir apertando mais e mais – o trânsito ajuda!

      Outro detalhe que vou deixar em negrito: a compactação do solo para receber os remendos de valas também é muito importante! Ao se fazer uma vala, é preciso ter um estoque de cascalho vermelho (e já tem algum) no fácil para colocar no lugar da piçarra - piçarra cede e deve ser abolida nos remendos de valas. Fez a vala, joga a piçarra fora e volta com cascalho vermelho.

          Em relação à participação da prefeitura por meio da Secretaria de Obras, representada pelo Daniel, com seus chefes de turma, Adilson e Norberto, é importante porque a prefeitura é que terá a iniciativa de restaurar trechos de ruas maiores. Quando isso for feito, após retiradas as pedras, a COPASA será chamada para dar manutenção na rede, antes da recomposição final das pedras. Vou dar dois exemplos: já tem dois trechos mais ou menos marcados para serem restaurados; não são grandes, mas é assim mesmo que tem que ser – ir devagar até pegar o ritmo. O primeiro é ali, no final da Macau de Cima, chegando na pracinha da Santa Casa.          
        Planeja-se retirar mais ou menos uns trinta metros de calçamento e renivelar o piso para os carros não rasparem o fundo no chão. Do mesmo jeito, no início da Rua Espírito Santo, no entroncamento com a Rua Rio Grande. Eu sei que a turma já está no ponto e tendo verba e pedras para estas obras, sei que será um sucesso!

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