terça-feira, 21 de julho de 2015

Respondendo às críticas publicadas pela internet

Ontem, um jornal on-line publicou matéria sobre o projeto que está acontecendo em frente à Catedral.
Dentre os comentários feitos, eu li alguns de pessoas que se mostraram insatisfeitas pelo fato de não ter sido feito em seu bairro, outras ironizando o evento, relacionando-o a campanha política, outros perguntando porque não fazer em outro local, que não o centro da cidade.

Em resposta a estas críticas, advindas de leitores diversos, vou responder as que estou me lembrando:
Em relação ao local: a escolha do local demandou muito tempo e muitas opiniões. Por ser um primeiro trecho, teríamos que escolher um local que incomodasse minimamente a população, pois sabemos de antemão, que qualquer coisa que atrapalhe, mesmo que por pouco tempo, que tire um pouquinho só o conforto dos cidadãos, mesmo que seja para beneficiar mais tarde, gera muitas reclamações. Pois bem: em frente à Catedral, por ser uma praça muito grande (900 m2), coube o projeto, coube o lugar de colocar o material e ainda deu para o trânsito ocorrer sem interrupção.

O trecho teria que ser central para ser visto e CRITICADO pela população - tanto no sentido de aprovar como desaprovar. Num bairro, a circulação é só das pessoas ligadas ao bairro. Neste ponto, a SUA AVALIAÇÃO  é muito importante. Além deste blog, estamos bolando uma maneira da população dar opiniões.

O trecho teria que estar estragado. Quanto a isso, escutei não foram nem uma nem duas vezes: foram inúmeras vezes: "porque não fazer na Rua das Monteiras": a Rua das Monteiras (Rua do Fogo; Rua da Igreja da Luz, é a mesma rua) requer uma logística muito forte, desvio de trânsito, uma compra de pedras para repor de um valor muito alto, um tempo de execução muito maior e é um local que não se adequa de jeito nenhum a um projeto-piloto como o que está sendo feito em frente à Catedral, para justamente, nos informar sobre custos, tempo de execução e etc. É lógico, a Rua das Monteiras está MUITO RUIM. Ninguém nega isso, mas para intervir lá, teremos que ter todas as informações sobre tempo, custo por metro quadrado, verba para pedras, MÃO-DE-OBRA jovem e treinada (que é o que estamos providenciando agora), tudo pronto para poder enfrentar uma empreitada do porte de uma rua daquelas. Com todos os problemas que poderiam acontecer durante a obra.

Outra crítica; porque realizar no centro (privilegiado em todos os sentidos) ao invés de fazer em um bairro - Respondo: a verba doada pela COPASA ( a COPASA é que está financiando este projeto, nesta primeira fase) foi suficiente para um trecho de 120m2. Sendo assim, não teria como ser feito em um bairro sem cometer injustiças com os demais.
Além disso, um dos objetivos do projeto é ser visto. No centro, certamente está sendo visto. As críticas a gente responde, pois elas são sempre benvindas e nos ajudam a pensar e agir melhor.

Quanto à questão eleitoral: peço que dêem uma olhada em uma postagem mais antiga que esta: a do dia 17 de julho - uma que conta toda a história do projeto. Vocês vão perceber que lancei este projeto há oito anos, e por isso mesmo,passou por três administrações diferentes. Se o Dr. Paulo Célio, na atual administração adotou o projeto e a COPASA o financiou, isso nada tem a ver com política.

Escrevo ainda que, por ser uma técnica esquecida há mais de sessenta anos, não havia como fazer um projeto para restaurar um grande trecho ou mesmo todo o centro, ou bairros, ou o que seja, sem ter pessoal treinado e capacitado para tal. Simplesmente, todos os calceteiros que ainda se lembram, mesmo que pouco de como era a técnica, já estão aposentados, doentes, ou fracos para enfrentar um serviço destes. Esta oficina é portanto, um esforço de reunir estes antigos profissionais para ministrarem um treinamento aos que ainda estão na ativa e jovens. Assim, futuros projetos podem ser propostos e aprovados, a partir da formação de mão-de-obra treinada.

Finalmente, para os moradores de bairros que se mostram insatisfeitos, tanto pelo fato de não serem contemplados pela reforma do calçamento do seu bairro ou pelo fato de não terem um asfalto, informo que um próximo passo, já bastante comentado é que se pretende retirar pedras de ruas afastadas do centro histórico e com isso fazer um estoque de pedras para restaurar o centro. De onde for retirada estas pedras, se pretende bloquetar ou asfaltar. Isso é projeto para um futuro próximo, penso eu. E para que isso ocorra, estejam certos de que esta oficina está colaborando, e muito.

Concluindo, caros internautas, obrigado mais um vez pelas críticas, sem elas eu não estaria esclarecendo nem aos críticos e nem ao restante da população que torce para que o projeto Acerta Pedra dê certo.

Aproveito então, e agradeço a todos aqueles que foram lá (e não foram poucos!), nos levando uma palavra de apoio, de positividade, a todos que, tendo acompanhado comigo e conhecido todo o projeto, desde o início, foram lá para dizer: ATÉ QUE ENFIM!   ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA!

Pois é, caros internautas, vocês que tomaram conhecimento do projeto no jornal on-line que foi editado ontem, saibam, que tem UM MONTE DE GENTE, muita gente mesmo, daqui e de fora, que acompanha este sonho há mais de oito anos! Isso mesmo! A estes, a todos os amigos leitores, o meu muito obrigado, de coração!

E por fim, convido-os a conhecer mais, tanto por este blog, como visitando o canteiro de obras, todos serão bem vindos lá. As criticas são sempre bem vindas, todos os dias temos muito a aprender, justamente de quem vem com um olhar crítico de fora, sem ter participado de nada - estas críticas são muito importantes porque não têm o viés de alguém que participou, que torce por aquilo.

Vou postar uma foto do conteiro hoje à tarde: retiramos a terra velha, a areia preta, ressecada e colocamos um cascalho argiloso, excelente, muito bom para compactação.
Meu amigo - Norberto Hélio, escolhendo o cascalho, na fonte!

Espalhando o cascalho (direita) e retirando a terra velha - à esquerda

Amanhã: compactar e começar a assentar os traços - vale a pena ir lá - deve ficar bonito, penso eu.

Ricardo Lopes Rocha

2 comentários:

  1. Ricardo, parabéns por essa brilhante iniciativa. Sou diamantinense como vc e acho que devemos sim apoiar e espalhar aos quatros cantos... Torço muito que seu projeto vá pra frente e que nossa prefeitura acampe a idéia. abraços e sucesso.
    Eduardo Neves

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    1. Obrigado pelo apoio. A prefeitura encampou já. Mas falta verba e estrutura. Nestes dias que estou tendo contato com pessoas de lá estou percebendo os problemas mas apesar disso, está se fazendo um esforço conjunto para que a obra saia. Todos estão imbuídos para concluir e mostrar que é possível.

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