sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Mais uma árvore agressiva vai ao chão!
Diamantina está prestes a se transformar em uma cidade bem mansinha. Pelo menos no que tange às árvores agressivas, estão acabando com todas elas. Não bastasse a temeridade de solicitar o corte de quatro enormes Ficus na Rua Dr. Álvaro Mata, de uma Sibipiruna nos fundos do conservatório e nesta semana, de uma Spatodea na frente do Conservatório. Segura aí JK, que suas majestosas palmeiras imperiais podem ser as próximas! Sim, porque suas grandes folhas, ficam ameaçadoramente dependuradas e podem cair, danificando veículos estacionados embaixo delas. Como em Diamantina os carros são os itens mais valorizados, não estranharei se considerarem que as palmeiras deveriam ser sacrificadas em favor de meia dúzia de vagas de estacionamento. Uma estupidez desta monta seria até condizente com os desatinos que se tem praticado ultimamente. Numa cidade que valoriza mais o espaço cedido aos veículos e despreza as benesses que áreas verdes fornecem a todos, sem distinção, um desatino destes não é difícil de acontecer. Estou hoje numa cidade chamada Águas de Lindóia, limite de Minas com São Paulo. Estou maravilhado com as áreas verdes que por aqui são tratadas como áreas nobres, tanto em terrenos particulares como públicos. Não é à toa que a cidade é uma potência turística. Bobos são os diamantinenses que pensam que os turistas não percebem o descaso do diamantinense com as áreas verdes. Os jardins nunca são aguados, podados ou replantados. Quando um jardineiro resolve aparecer para cuidar de algum, vai logo com uma roçadeira e corta mato, flores, grama, corta tudo. Bobos são os diamantinenses que acham que a visão do Largo Dom João não imprime uma péssima impressão ao visitante, logo que depara com aqueles jardins tão maltratados, se é que podemos chamá-los assim. O patrimônio protege bem o casario, mas tolos somos todos nós ao pensarmos que antigamente se vivia como hoje, numa cidade sem nenhum verde. Podem conferir nas fotos antigas! Existiam, sim e muitas. Só que, pouco a pouco, foram sumariamente julgadas e condenadas à morte, pela agressividade com o conjunto arquitetônico do casario colonial. Podem me chamar de ecochato e até de coisa pior. Podem dizer que meus protestos são inócuos, que ninguém vai me dar importância, mas que fique registrado em algum lugar que em algum momento, houve uma vozinha que se alevantou contra estas barbaridades que andam fazendo por aí.


Vejam estas fotos abaixo: a primeira para mostrar que as árvores levantam a calçada, mas todos preferem consertar a calçada que cortar a árvore.

Na outra foto, uma visão panorãmica da cidade onde pode se perceber a natureza

Ricardo Lopes Rocha





domingo, 1 de setembro de 2013

Turma de alunos e professores da escola Coronel Francisco Ribeiro em visita à Diamantina. Esta foto foi feita na Casa da Glória.

sábado, 31 de agosto de 2013

Garimpo real
Na sexta feira passada, estiveram em Diamantina, uma turma de estudantes, pais e professores da cidade de Coração de Jesus para uma visita. O chefe da excursão, professor e amigo de longa data, me pediu para guiá-los. Um dos passeios agendados para a turma era a visita ao Garimpo real, do Belmiro Nascimento, outro amigo de infância. Não é necessário descrever a satisfação de estar mostrando Diamantina, rodeado de amigos. Mas quando o Belmiro iniciou a sua palestra sobre o saber garimpeiro, ficamos todos extasiados com o domínio que tem sobre esta arte a que se dedica. Com uma simpatia que envolveu a todos, conseguiu que o grupo, grande (50 pessoas) pudesse entender um pouco do que se trata a verdadeira arte garimpeira e a vida movida pela paixão, sonho e fé dos garimpeiros. Para quem vem visitar para realmente conhecer a história da nossa cidade, este é um passeio indispensável. Numa cidade que se formou pela exploração do ouro e do diamante, a arte do garimpo deve ser a primeira coisa a se conhecer. O que é mostrado no Garimpo Real do Belmiro está muito distante do que a mídia costuma publicar, como uma atividade predatória e irresponsável. Dentre inúmeras coisas que conversamos enquanto durou o passeio, comentou que tenta, há bastante tempo, transformar este conhecimento em patrimônio imaterial. Ao escutar isso, passei a comparar sua luta com a que travamos no Acerta Pedra: no nosso projeto, além de restaurar o calçamento de ruas do centro histórico, um dos objetivos é resgatar a arte dos calceteiros, quase esquecida. Pois a arte garimpeira também está sendo esquecida. Pessoas apaixonadas pelo ofício como o Belmiro demonstrou ser, são difíceis se encontrar, mesmo com o grande número de garimpeiros e faiscadores que ainda existem em nossa cidade. Sendo a atividade inicial que resultou na criação do Arraial do Tijuco, faço uso deste espaço para dar meu apoio a esta causa. A cultura do garimpo, A VERDADEIRA ARTE DO GARIMPO, deve ser registrada e preservada. Se alguém que lê estas linhas acha que estou equivocado e que em Diamantina ainda se faz muito disso, precisa conhecer o Garimpo Real para entender como é possível garimpar naturalmente e respeitando a natureza, da maneira como realmente acontecia. Meditei, durante toda a visita em como os mistérios e lendas que enriquecem nossa história têm sentido e clareza.
Ricardo Lopes Rocha


domingo, 30 de junho de 2013



Caros leitores: eis uma fotos de um dia em que a névoa apareceu especialmente bonita em Diamantina.






segunda-feira, 22 de abril de 2013

     Hoje, dia 22 de abril, fui à tribuna da Câmara Municipal apresentar meu projeto Acerta Pedra. Apesar do tempo curto (15 minutos), que nem sei se obedeci, já que o relógio ficava numa posição difícil de eu ver, acredito que deu para passar a mensagem. Ademais, eu já publiquei em muitos outros veículos sobre o Acerta Pedra. O deferencial de hoje foi que a grande maioria dos vereadores presentes comentaram e tiveram dúvidas, me dando oportunidade de responder e argumentar coisas que não tinha falado na apresentação. Houve algumas críticas também, que são realmente muito importantes para se melhorar o projeto. Ao final, tive uma conversa bastante produtiva com a secretária de cultura, a Bia, que me deu muito boas ideias, sintonizada com o que a gente tem pensado.

      A partir do início do Acerta Pedra, se Deus quiser, logo que o nosso novo prefeito empossar, poderei alimentar este blog, tornando-o mais interessante. Tentei adicionar a apresentação que fiz na Câmara. É um arquivo em power-point, mas até o momento desta postagem, ainda não consegui. Aos interessados, pode comentar, que ao responder, disponibilizo o arquivo.